segunda-feira, 8 de abril de 2013

Amazon compra rede social de livros Goodreads




O negócio vai colocar uma das maiores livrarias online do mundo a controlar um dos mais conhecidos serviços de recomendação de livros, o que já suscitou preocupações entre os utilizadores da rede social de livros que temem ficar sujeitos às regras rígidas da Amazon. 
A Amazon, que já foi várias vezes acusada de ter no seu site críticas fraudulentas a livros, anunciou esta semana que vai comprar o Goodreads, um site social de recomendação de livros, com cerca de 16 milhões de membros e uma reputação sólida. A multinacional americana vende muitos tipos de produtos e de serviços (incluíndo serviços de armazenamento de ficheiros e de transmissão de filmes e séries), mas os livros são a imagem de marca da empresa, que comercializa o leitor Kindle, e uma parte muito importante do seu negócio. 

Os detalhes da compra da rede social de livros não foram revelados mas, num comunicado da empresa norte-americana, o vice-presidente da Amazon, Russ Grandinetti, lembrou que o Goodreads tinha ajudado "a mudar a maneira como nós descobrimos e discutimos os livros", e que agora, as duas empresas têm a "intenção de conceber novas maneiras de encantar os leitores e os autores". 

No Goodreads (que foi fundado e é gerido há seis anos por um casal de Los Angeles), os utilizadores podem atribuír uma classificação (entre uma e cinco estrelas) aos livros, escrever uma crítica, criar “estantes virtuais” com os livros que já leram, os que estão a ler e os que querem ler, bem como seguir a actividade dos contactos que tiverem dentro do site. Isto é, podem ver o que os seus amigos naquela rede social andam a ler (em tempo real). O Goodreads faz ainda recomendações de livros a cada utilizador e disponibiliza ferramentas para autores promoverem os seus trabalhos. Funcionalidades como a crítica de livros também existem no site da Amazon. Mas os utilizadores não têm o mesmo sentimento de comunidade e a credibilidade das críticas na Amazon foi manchada por alguns casos de críticas e pontuações de livros que tinham sido forjadas, em alguns episódios mediante pagamento. 

O Goodreads tem 16 milhões de utilizadores, que têm 530 milhões de livros nas suas prateleiras digitais e que escreveram 23 milhões de recensões dos livros que leram. Outra vertente são os clubes de leitura que no Goodreads já chegam aos 30 mil. O negócio vai colocar uma das maiores livrarias do mundo a controlar um dos mais conhecidos serviços de recomendação de livros, o que já suscitou preocupações, narra o jornal americano New York Times. 

A Amazon já tinha comprado um site concorrente do Goodreads, chamado Shelfari, e, por via de outras empresas em que participa, tem também uma participação no Library Thing.

Fonte: Público

1 Comentários:

Dicko on 17 abril, 2013 disse...

Way to go, Amazon!

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